Tuesday, January 18, 2011

El favor de traérmelo...

Hoy he sido llamado a la escuela, parece que el niño se ha portado mal.
La educadora es una chica bonita, amplia sonrisa.
- Les he pedido a los niños que dibujasen a los padres en una cartulina, y Mixtusiño dibujó de un lado ... a él y a su madre, y del otro lado a un hombre y a una mujer de pechos grandes... le pregunté quienes eran y él: - es mi padre y la novia que me pidió que le consiguiera, porque él solito no puede...
(Qué bien me entiende mi hijo... senos grandes)
"¿Sabe? Ayer hicimos un muñeco de nieve, y él no quiso hacerlo con los otros niños e hizo solito aquel muñeco de nieve con 4 patas..."
Al salir de la escuela, estaba Ti Manel llamando a Bobi
“Sr. Mixtu, desde ayer no veo a mi perro, si lo encuentra por la Sierra haga el favor de traérmelo...”

*

Hoje fui chamado ao jardim-escola, o catraio cá de casa parece que não se anda a portar bem.
Fui recebido pela Educadora Dulce… uma moçoila bonita, sorriso largo… não tem qualquer aliança nos dedos…
- “Pedi aos meninos para desenharem os pais numa cartolina, o Rafael desenhou de um lado da cartolina… ele e a mãe, do outro lado um homem e uma mulher de peitos fartos, perguntei-lhe quem eram: É o meu pai e a namorada que ele me pediu para lhe arranjar que ele sozinho não está a conseguir…”
(Como o meu filho me compreende… peitos fartos)
“Mas ele é um artista… ontem fez aquele boneco de neve com 4 patas, muito original…” concluiu a professora,
Ao sair da Escola, estava o Ti Manel a chamar pelo Bobi…
“Sr. Mixtu desde ontem que não vejo o meu cão, se o encontrar pela Serra, faça-me o favor de o trazer…”

Tuesday, January 04, 2011

Sí, hijo.../ Pois é, filho...

- Si dijese que me gustas desde aquí hasta la luna, es mucho? Si papá?
- Sí, hijo...
- Y si dijese que me gustas hasta el espacio, aún más... si papá?
- Sí, hijo...
- Tengo 4 años, para el año voy hacer 5, si papá?
- Sí, hijo...
- Papá, estoy aqui pensando en el tiempo, Será que hay un tiempo físico (cronológico), aquel que nos hace crescer o hay un tiempo hecho por nosotros? Por nuestras vivencias, por nuestra manera de ser y sentir? Por el deseo de vivir?
El tiempo trae la nostalgia... Si papá?
No respondas, ya sé lo que vas a responder...
- Lo que voy a responder?
- Sí, hijo...
*
- Se eu disser que gosto de ti daqui até à lua, é muito, pois é pai?
- Pois é, filho...
- E se eu disser que gosto de ti até ao espaço... ainda é mais... pois é pai?
- Pois é, filho...
- Tenho 4 anos, para o ano vou fazer 5, pois é pai?
- Pois é, filho...
- Pai, estou aqui a pensar no tempo, Será que há um tempo físico, aquele que nos faz crescer ou há um tempo feito por nós? Pelas nossas vivências, pela nossa maneira de ser e sentir? Pelo desejo de viver?
O tempo traz a saudade... Pois é pai?
Não respondas, já sei o que vais responder...
- O que vou responder?
- Pois é, filho...
*
Tradução de castellano para português: Carmiña

Monday, January 03, 2011

Al funcionario le respondió: Margarida


Dia de descer à Sede de Concelho, dia de Feira mensal,

À aldeia chega diariamente o carro do pão, semanalmente… a carrinha das mercearias (arroz, açúcar, bacalhau,…) trazidas pelo "azeiteiro" ou "pitrolino", por isso é muito raro ter-se que ir à Vila,

Estava a nevar, -2º graus, ceroulas, calças, camisa, duas camisolas, um casaco e um sobretudo, a idade obriga-o a fazer-se acompanhar por um cajado,

Chegado à Feira foi à tenda das alfaias agrícolas, duas enxadas, a de lâmina maior para si e a média para a sua mulher,

A Patroa, todos os anos, tinha como certo este regalo, uma nova enxada… nunca José lhe ofereceu outra coisa na vida… por isso a patroa dizia às vizinhas;

“… a sorte dele é haver autopsias senão já cá não estava…”

A tenda do sapateiro… umas galochas para si e um par de sapatos para o filho de 4 anos, calçava 30 mas comprou o nº 32 não fosse o caso de em breve não lhe servir… José calçava o 44, provavelmente porque o pai também lhe comprava sempre um número acima…

Havia que passar pela Repartição das Finanças para pagar a décima, pela manhã tinha tirado o dinheiro debaixo do colchão (mal sabia que esse facto acabaria com as suas dores lombares pois tinha esse dinheiro num envelope em vez de estar espalhado),

Por fim, a livraria, em tempos tinha ido a Penedono e ouvido falar de um tal Magriço que foi cantado por Camões, quis saber mais dele e por isso arrematou os Lusíadas,

Começou a subir a serra… foi então que se lembrou que faltou cumprir uma das tarefas que o trouxe à Sede de Concelho… ir à Conservatória registar a sua filha mais nova, nascida há 4 meses mas que iria ser registada com a data da Feira e do pagamento da décima para não ser coimado por tardio registo,

Ao meirinho respondeu: Prante-lhe...Margarida,

*

*

Día de bajar a la sede del ayuntamiento, día de la feria mensual,

A la aldea llega diariamente la furgoneta del pan, semanalmente la camioneta de ultramarinos (arroz, azúcar, bacalao,...) traídas por el aceitero, por eso es muy raro tener que ir a la villa,

Estaba nevando, -2ºC , calzoncillos, pantalones, camisa, dos camisetas, una chaqueta, y un abrigo, la edad obliga a ir acompañado de un bastón.

Una vez en la feria, fue a la tienda de los aperos de labranza, dos azadas, la de hoja grande para él y la mediana para su mujer, la Patrona, todos los años tenía seguro ese regalo, una azada nueva... José nunca le ofreció otra cosa en la vida... por eso ella le decía a las vecinas:

-... la suerte de él es que haya autopsias, sino, ya no estaría..."

La tienda del zapatero... unos chanclos para si mismo y un par de zapatos para su hijo de 4 años, calzaba el 30 pero compró el 32, no fuese el caso de que en breve no le sirvieran... José calzaba el 44, probablemente porque su padre también le compraba siempre un número más...

Había que pasar por Hacienda, para pagar el diezmo, por la mañana había sacado el dinero de debajo del colchón, no sabía que ese hecho acabaría con sus dolores lumbares, ya que tenía el dinero en un sobre en vez de tenerlo esparcido.

Por fin a la librería, hacía tiempo había ido a Penedono y había oído hablar de un tal Magriço que fue cantado por Camões, quería saber más de él, y por eso compró las Lusíadas,

Empezó a subir a la sierra... entonces se acordó de que le faltaba por cumplir una de las tareas que le había llevado al Ayuntamiento ... ir al Registro Civil a registrar a su hija pequeña, nacida hacía ya 4 meses, pero que quedaría registrado con la fecha del día, es decir el día de la feria y del pago del diezmo, para no ser multado por registro tardío

Al funcionario le respondió: Margarida

Tradução: Carmiña

Sunday, January 02, 2011

Encuentros de poesia en Ribatejo


Uma semana antes, Leontina tinha vindo do Ribatejo à Serra da Estrela, comprou-me um queijo e deixou-me a sua morada…

A Vila é bonita, ruas rasgadas e cuidadas, casas caiadas, junto ao coreto azul e branco está o Café Central da Dona Guiomar, viúva do anterior proprietário colhido por um touro na praça de Santarém, O De Cujus não era toureiro nem forcado, o touro saltou para a bancada e matou o Seu Hortênsio, Há uma proposta de deliberação na Junta de Freguesia de Glória do Ribatejo para dar o seu nome a uma rua, mas tal deliberação não será pacifica, afinal ele não morreu na arena, não teve uma morte heróica, Sobre Dona Guiomar muitos são os que desejam o seu leito mas ela é mulher de um só homem, assim foi educada, A verdade é que o seu decote é muito vistoso, e por baixo das calças de linho branco vê-se a forma de uma tanguinha estreita e rendilhada,

Olhou-me de alto a baixo, que queria um forasteiro de fato cinzento e de gravata laranja, vestido à Lisboa mas que não tinha prenuncia dessa urbe, seria o novo Regedor, questionava-se,

O motivo da longa viagem entrava no café, baixa, rechonchuda, cabelos castanhos, peitos fartos que se miravam pois o terceiro botão estava desapertado formando um triângulo sedutor, sorriso largo, um beijo na face lhe dei…

Solicitou um chá adocicado com uma colher de açúcar de beterraba e pediu para mim um café coado num pano imaculadamente branco,

Os velhos olhavam para o forasteiro “Será que é este que vai desencalhar a Leontina” questionavam-se,

Eu e Leontina tínhamos algo em comum: a poesia medieva e humanista, Era uma conhecedora desta arte, falou-me de D. Álvaro de Ataíde, de autores de influência italiana como Bernardim Ribeiro e Sá De Miranda e esclareceu-me que ao contrário de informações que me foram dadas, Gil Vicente não copiou Juan del Encina, foi influenciado pelo autor castellano mas foi profundamente original na elaboração dos temas e na concepção geral das peças de autos que com “penetração” criticou a sociedade da época,

Do outro lado da rua aproximou-se um senhor, bigode farto, vestido à campino, certamente um proprietário bem remediado nos seus réditos, Leontina ao vê-lo corou e pediu-me, “Vai, gosto muito de ti, não te quero ver sofrer, vem lá o senhor meu pai, se te vê aqui a falar comigo obriga-te a casar… vai, beijinhos sempre com carinho, meu doce amigo”

*

Una semana antes, Leontina había venido del RibaTajo a la Sierra, me compró un queso y me dejó su dirección…

La Villa es bonita, calles rasgadas y bien cuidadas, casas encaladas, junto al quiosco de música azul y blanco está el Café Central de Doña Guiomar, viuda del anterior propietario, cogido por un toro en la Plaza de Santarém, no era torero ni picador, el toro saltó la barrera y mató a su Hortensio, hay una propuesta de resolución en lo Ayuntamiento para dar su nombre a una calle, pero la resolución no es pacifica, al final él no murió en la arena, ni tuvo una muerte heroica,

Sobre Doña Guiomar, son muchos los que desean su lecho, pero ellas es mujer de un solo hombre, así fue educada, y la verdad es que su escote es muy llamativo, y por debajo de los pantalones de lino blanco se ve la forma de una ropa interior de encaje ajustada,

Me vio de arriba abajo, qué querría un forastero de faz cenicienta y corbata anaranjada, vestía al estilo de Lisboa, pero no parecía de esa urbe, sería el nuevo Regidor? Se preguntaba,

El motivo del largo viaje entraba en ele café, baja, regordeta, de cabellos castaños, de senos grandes que se veían, pues el tercer botón estaba desabrochado formando un triángulo seductor, amplia sonrisa, le di un beso en la mejilla,

- Pidió un té endulzado con una cucharada de azúcar de remolacha y a mi me pidió un café colado en un paño inmaculadamente blanco, Los viejos veían a este forastero “será éste el que va a reflotar a Leontina?”, Se preguntaban…

Poesía medieval y humanista, Leontina era conocedora de ese arte, me habló de D. Álvaro de Ataide, de autores de influencia italiana como Bernardim Ribeiro y Sá de Miranda y me aclaró que en contra de las informaciones que me habían dado, Gil Vicente, no copió a Juan de la Encina, sino que fue influenciado por el autor castellano, pero que fue profundamente original en la elaboración de los temas y en la concepción del diseño general de las piezas de autos que con penetración, criticó la sociedad de la época,

Cruzando la calle se acercó un señor, de amplio bigote, vestido como Campino, sin duda un propietario que cuidaba bien sus réditos, Leontina al verlo enrojeció y me dijo: “Vete, me gustas mucho, no quiero verte sufrir, allí viene señor mi padre, si te ve aquí hablando conmigo te obliga a casarte… vete, besitos siempre con cariño, mi dulce amigo”,

*

Tradución de castellano para portugués: Carmiña

Saturday, January 01, 2011

Relendo poesia... tertúlia entre amigos...


OJOS DE POETA

“A una ventana de San Telmo”

Mis ojos de poeta son una enredadera
de flores amarillas que trepan tu ventana.
Brillan esas flores cuando tú las miras,
crece la hiedra cuando tú me riegas.
Cuando el viento sopla,
golpea las hojas de tu ventana
y tú no sabes si es el viento que te llama
o son mis ojos que te quieren mirar.
Cuando entra la luz en tu casa,
luce el color de las flores de mis ojos
entre las hojas verdes y se van a los tuyos.
Cuando la lluvia desciende hacía ti,
en ese día gris como una fábrica de grises,
mis ojos de hierba trepadora
atraviesan esa niebla de tú alma
y te iluminan la cara y las manos.
Yo me siento enredadera de flores
amarillas en tu ventana,
y mis ojos son ojos porque tú los miras.
Soy ojos de poeta solo por ti.
(O Amigo Rafael Reyes)

.
CHEGASTE

Chegaste como uma asa...
Homem ou Anjo?
Chegaste como quem chega a casa.
Invadiste o meu céu...
e ele tornou-se teu.
.
Com o teu acalanto,
o teu abraço, o teu encanto...

Envolveste-me nas brumas de
partilhada memória.
Iniciámos a nossa história...
.
E, todo o teu silêncio soou como fados.
Não tristes, não desencantados, não salgados, mas desafios....
Convites a mergulhar em águas com braços envolventes,
irrequietos rios...
De sedução ornamentados.
Passos por paraísos da mente...
suspensos, alados.

Chegaste como vento quente!
Que (des)penteia os meus longos cabelos
Afaga o meu ser, quena ausência te sente!

E o teu nome clama... em murmúrio rouco.
Deixando o meu peito, devontade de ti, quase louco.
Dos meus sonhos fizeste novelos....
E os segredos,
na minha nudez podes vê-los.

Chegaste com o subtil poder
De modificar o meu fugidio ser,
de me encantar e de me envolver.
E, sem que eu o pudesse perceber,
Ou negar, ou não querer...
Ou gritar que sim e te
escolher....

Fizeste-me somente tua, sem te ter.
.
(A amiga Nina Castro)
Lisboa, num momento de puro sentir
(suspenso no tempo...)

António Vega-Lucha de gigantes

_______________________________________________25.000 visitantes (Anterior counter),
ecoestadistica.com