Un hombre en calzoncillos blancos
No
tempo que já não tem era no mundo por terras de Canas de Senhorim, tal como a minha avó Maria da Conceição contava,
ia-se para o trabalho a pé, levavam horas para chegarem aos campos, onde
trabalhavam toda a semana de sol a sol.
Numa
dessas noites tinha chovido e o chão estava enlameado, ela para não sujar as
saias, e como estava escuro, levantou as saias num saiote deixando as pernas à
mostra, que em seu tempo nunca eram destapadas... iam na caminhada, enquanto
houve uma outra mulher que ao olhar para trás para saber se estavam todas bem,
viu um homem com umas ceroulas brancas no fim da fila, com medo gritou para o
grupo...
“Fujam
que está ali um homem de ceroulas brancas...”
Foi
tudo a correr em debandada para a frente porque ninguém queria ser apanhado
pelo homem das ceroulas brancas... a minha avó Maria também corria morta de
medo porque era a última da fila e não queria ser apanhada... até que caiu e
gritou às amigas para não a deixarem ficar para trás porque estava com medo do
homem... ao olharem para trás para a socorrer e verem que afinal o homem das
ceroulas brancas era a minha avó que tinha feito uns saiotes até muito acima do
joelho… foi risada geral que se ouviu pela Serra da Estrela.
*
En un tiempo que ya tiene lugar en el mundo, tal como mi abuela María da
Conceição contaba, se iba al trabajo a pie, llevaba horas llegar a los campos,
donde trabajaban toda la semana de sol a sol.
Una de esas noches había llovido y el suelo estaba fangoso, ella, para no
ensuciar las faldas, y como estaba oscuro, levantó las faldas en un brazado
dejando las piernas a la vista, que en su época nunca se destapaban... ,
mientras, hubo otra mujer que al ver hacia atrás para saber si estaban todas
bien, vió a un hombre en calzoncillos blancos al final de la fila, con miedo
gritó al grupo:
"Huyan que allí hay un hombre en calzoncillos blancos".
Todo fue un correr en desbandada hacia adelante porque nadie quería ser
atrapado por el hombre de los calzoncillos blancos,
mi abuela María, también corría muerta de miedo porque era la última de la
fila y no quería ser pillada... hasta que se cayó y gritó a las amigas para que
no la dejaran quedar atrás porque tenía miedo del hombre de los calzoncillos
blancos. Al ver para atrás para socorrerla y ver que al final el hombre de los
calzoncillos blancos era mi abuela que se había recogido las faldas muy por
encima de las rodillas... hubo risotada general que se oyó por toda la Sierra
de la Estrella.
46 Comments:
:)))
Também eu fartei-me de rir,Mixtu!
Esta história é linda e está muito bem contada. A sua avó Maria era uma mulher de armas.
:)
Abraço
Olinda
Nos dias de Inverno, que bem sabiam as ceroulas :))))
Abraço, não com frio mas muita chuva.
Tudo de bom.
Mixtu, estas histórias são impagáveis! Ainda estou aqui a imaginar a cena! Um beijo!
(rsrsrsrsr)
Cosas que pasaban y que ya no volverán a pasar porque hoy ya no es tan fácil asustar a las mujeres.
Estupendo recuerdo. Gracias por compartirlo. Saludos cordiales de Franziska
rrrsss rrssss
Tenho uma estória semelhante
Uma boa semana
Oh que estória maravilhosa...bem ao jeito do "tempo que já não tem era no mundo"!
Eu,
De baby passei a mar
Mais propriamente maré!
Estou bem viva...
e como onda vou voltar
sempre que for maré cheia.
Abraço do sul.
Interessante o susto dela própria rsrs
ótima ,
meu abraço mixtu
kkkkk Ótima história!
Tenha um lindo dia! Abraços!
Então espera lá... não havia ceroulas nenhumas. Eram as pernas alvas da tua avó!!!
:))
kkkkkkkkkkkk... como se diz aqui no nordeste: ó aperreio...kkk
Beijos e boa noite Mixtu!!
Fartei-me de rir só de imaginar a situação!
Um beijito.
quem se está a rir sou eu.
cada história!
um beij
¡Ay Mixtu!
Que relato más simpático lo de la abuela, en aquellos tiempos no se le veía ni un pedacito de pierna a la mujer, hoy casi se la ve el culete.
Si levantasen la cabeza se volvían a morir del susto.
Ha sido un placer pasar por tu casa.
Te dejo mi gratitud y mi estima. Un besito y se feliz.
Olá amigo, fartei-me de rir com a história das ceroulas. Há muita gente que nem sabe o que isso é. Fiz algumas para o meu avô(que também as usava no Verão) e com nastros em baixo para atar ás pernas. Adorei. Beijos com carinho
Eu adoro a tua originalidade bem humorada, mas que tem no subtexto um referente sério (era assim mesmo).
Beijo da planície com muito calor do sol...
diz-me o desejas, digo-te o que vês... rss
e um homem (mesmo em ceroulas)sempre anima um rancho de moiçolas...
abraço
Um homem de ceroulas brancas devia ser o equivalente ao monstro de Helm Street dos tempos de hoje! Abraço!
Que bela risada...
Um abraço do Canto de Cá ...
Jajajaja....si es que, nada es lo que parece!!
Mil beijos Mitxu ;)
Estas histórias, retrato de uma época, são impagáveis...Abraço.
Um história hilariante ! :)
Abraço citadino
Li seu post anterior... chovia suavemente e ela apareceu linda como um sol.
Lindo!
Mas não consegui comentar lá Mixtu.
Boa noite!
Estava precisando dar assim uma boa gargalhada!
Bem se diz que de noite todos os gatos são pardos... e todas as mulheres de saiotes no ar são homens de ceroulas :)))
Beijinhos
tudo esta a desaparecer, até as ceroulas, espero que tenhas umas guardadas para a posteridade
bjs
Mixtu
palavras ...
vou juntá-as para te dizer:
obrigada pela visita
Um beijo
Linda história bom passar por aqui...
¡Hola Mixtu!
Paso a saludarte y releer este relato real.
Feliz semana.
Siempre nos traes risas :))
Olá mixtu
Bem deixa-me fazer um comentário inteligente senão nem recebes para o pão!
Sobre a história, bem não tenho nada a acrescentar, isso de revisitar o passado e atribuir novos nomes às personagens sempre anima a malta não é?!
Olá Mixtu, meu caro pastor de ovelhas, ao ler o teu perfil, reparei que, mesmo não sabendo eu pastorear, temos gostos semelhantes no que se refere a livros e filmes e quanto à música não sei...pois não quiseste revelar-te.
Achei interessante e gostei de saber.
Como vai o pasto aí pela serra? Espero que as ovelhinhas não andem a passar privações! Não choveu muito, mas aí sempre havia neve para derreter, ou não?
Um abraço do Sul, esse sim, está muito seco.
Hé hé hé, até eu fugia a ver um homem de ceroulas !
Caro Mixtu,
Se recusas o adeus, então venho dizer-te "até já!"
Beijinhos
Verdinha
hoje passo por aqui para deixar meu sorriso :) e os votos de um bom fim de semana.
um beij
Lagoa Azul
jajaja
Regressada ao mundo dos vivos, leia-se dos comentários...
Seja muita bem-vinda à Serra,
Abraço da planície em memória da avó!
Adorava a minha!
Uma história a pedir uma boa risada.
A minha avó também contava umas assim engraçadas.
Um abraço e bom fim de semana
Ah! Lamento que não receba os cinco euritos do meu comentário. rsrsrs
obrigado por me fazeres rir com esta história dos "velhos" tempos :]
beijocas
Morri de rir!! A sua avó então, deve ter se fartado de tanto rir das amigas!! :D
Bom fim de semana!!
Muito engraçado,mas vivenciando a cena ali no momento deve ter sido bem assustador.Pernas pra que te quero!
Abraços,
Mixtu
Afinal..
Ainda há consenso
mesmo que seja
no pasto
na serra
no leite
no sonho
na poesia
na amizade
e porque não...
no Amor.
um beijo
Olá amigo, passei para ver se já tem o fato domingueiro vestido, mas verifico que ainda está de ceroulas. Desculpe o incómodo e voltarei quando estiver mais composto jajaja. Beijos com carinho
❤♡ Olá!
Bons tempos!!! Quase não havia violência e havia solidariedade.
Bom fim de semana!
Beijinhos.
Brasil
•.¸¸✿⊱╮¸¸.•
e já vi que aqui anda o pastor em greve de zelo.
um bom fim de semana
beij
rsrs, adorei a história e seu jeito de contar.
Bom domingo
Beijos
Mary
Então, como vão as coisas por aí, pela serra?
:)
Vim em busca de outra estória, mas el hombre en calzoncillos blancos,ainda tem muito que contar...
Besos.
Mas que história mais engraçada.
Eram outros tempos... hoje já ninguém usa ceroulas... que eu note...
Mas eu não tenho olhado para trás.
Abraço, caro amigo.
Mixtu, meu amigo!
Muito saborosa essa daí, viu?
Coisa engraçada assim, só no tempo bom das nossas avós. Hoje em dia, quem já viu mulher com medo de homem? E homem de ceroulas! E, na verdade, nem haviam homem e, muito menos, as tais ceroulas.
Valeu!Valeu mesmo!!!
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