O grande homem/mulher dos nossos países
.
O espaço ibero-americano é um espaço de tolerância, de cultura…
E os grandes homens (ou mulheres) referidos pelos amigos foram:
Cervantes, escritor, (España) (4 votos)
Lorca (España) (2 votos)
Picasso (España) (2 votos)
Alvar Núnez Cabeza de Vaca, descubridor, (España)
Nadal, desportista, (España),
Cristóbal Colon. (España)
Isabel la Catolica (España)
Francisco de Quevedo (España)
Jose de Espronceda (España)
Juan Ramon Jiménez (España)
Salvador Dali (España)
Miró (España)
Machado de Assis, escritor, (Brasil)
Frida Kalho pintora, (México) (4 votos)
Octávio Paz, poeta, México (4 votos)
Diego Rivera, pintor, México (2 votos)
Benito Juarez (México)
Carlos Fuentes (México)
Neruda, poeta, (Chile) (2 votos)
Padre Alberto Hurtado (Chile)
Gabriela Mistral, poeta (Chile)
E os grandes homens (ou mulheres) referidos pelos amigos foram:
Cervantes, escritor, (España) (4 votos)
Lorca (España) (2 votos)
Picasso (España) (2 votos)
Alvar Núnez Cabeza de Vaca, descubridor, (España)
Nadal, desportista, (España),
Cristóbal Colon. (España)
Isabel la Catolica (España)
Francisco de Quevedo (España)
Jose de Espronceda (España)
Juan Ramon Jiménez (España)
Salvador Dali (España)
Miró (España)
Machado de Assis, escritor, (Brasil)
Frida Kalho pintora, (México) (4 votos)
Octávio Paz, poeta, México (4 votos)
Diego Rivera, pintor, México (2 votos)
Benito Juarez (México)
Carlos Fuentes (México)
Neruda, poeta, (Chile) (2 votos)
Padre Alberto Hurtado (Chile)
Gabriela Mistral, poeta (Chile)
Buesa (Cuba)
G.G. Marquez, escritor, (Colômbia) (3 votos)
Botero, pintor, (Colômbia)
Julio Cortazar, escritor (Argentino)
Che Guevara, combatente, (3 votos)
Camões, poeta, (Portugal) (8 votos)
Aristides Sousa Mendes, salvou 30 mil judeus do holocausto (Portugal) (6 votos)
Fernando Pessoa, poeta (Portugal) (6 votos)
Afonso Henriques, rei, (Portugal) (5 votos)
José Saramago, (Portugal) (2 votos)
Padeira de Aljubarrota (Portugal) (2 votos)
D. Sebastião, rei (Portugal)
Salgueiro Maia, revolução dos cravos (Portugal)
Paula Rego, Pintora (Portugal)
Graça Morais, pintora (Portugal)
Rainha Santa Isabel, (Portugal)
Bocage, (Portugal)
Florbela Espanca (Portugal)
G.G. Marquez, escritor, (Colômbia) (3 votos)
Botero, pintor, (Colômbia)
Julio Cortazar, escritor (Argentino)
Che Guevara, combatente, (3 votos)
Camões, poeta, (Portugal) (8 votos)
Aristides Sousa Mendes, salvou 30 mil judeus do holocausto (Portugal) (6 votos)
Fernando Pessoa, poeta (Portugal) (6 votos)
Afonso Henriques, rei, (Portugal) (5 votos)
José Saramago, (Portugal) (2 votos)
Padeira de Aljubarrota (Portugal) (2 votos)
D. Sebastião, rei (Portugal)
Salgueiro Maia, revolução dos cravos (Portugal)
Paula Rego, Pintora (Portugal)
Graça Morais, pintora (Portugal)
Rainha Santa Isabel, (Portugal)
Bocage, (Portugal)
Florbela Espanca (Portugal)
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El enamorado de un alma bella permanecerá fiel durante toda su vida, porque ama una cosa permanente como su amor en una ventana
.
OJOS DE POETA
“A una ventana de San Telmo”
Mis ojos de poeta son una enredadera
de flores amarillas que trepan tu ventana.
Brillan esas flores cuando tú las miras,
crece la hiedra cuando tú me riegas.
Cuando el viento sopla,
golpea las hojas de tu ventana
y tú no sabes si es el viento que te llama
o son mis ojos que te quieren mirar.
Cuando entra la luz en tu casa,
luce el color de las flores de mis ojos
entre las hojas verdes y se van a los tuyos.
Cuando la lluvia desciende hacía ti,
en ese día gris como una fábrica de grises,
mis ojos de hierba trepadora
atraviesan esa niebla de tú alma
y te iluminan la cara y las manos.
Yo me siento enredadera de flores
amarillas en tu ventana,
y mis ojos son ojos porque tú los miras.
Soy ojos de poeta solo por ti.
(Rafael)
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“A una ventana de San Telmo”
Mis ojos de poeta son una enredadera
de flores amarillas que trepan tu ventana.
Brillan esas flores cuando tú las miras,
crece la hiedra cuando tú me riegas.
Cuando el viento sopla,
golpea las hojas de tu ventana
y tú no sabes si es el viento que te llama
o son mis ojos que te quieren mirar.
Cuando entra la luz en tu casa,
luce el color de las flores de mis ojos
entre las hojas verdes y se van a los tuyos.
Cuando la lluvia desciende hacía ti,
en ese día gris como una fábrica de grises,
mis ojos de hierba trepadora
atraviesan esa niebla de tú alma
y te iluminan la cara y las manos.
Yo me siento enredadera de flores
amarillas en tu ventana,
y mis ojos son ojos porque tú los miras.
Soy ojos de poeta solo por ti.
(Rafael)
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CHEGASTE
Chegaste como uma asa...
Homem ou Anjo?
Chegaste como quem chega a casa.
Invadiste o meu céu...
Chegaste como uma asa...
Homem ou Anjo?
Chegaste como quem chega a casa.
Invadiste o meu céu...
e ele tornou-se teu.
.
Com o teu acalanto,
o teu abraço, o teu encanto...
Envolveste-me nas brumas de
Envolveste-me nas brumas de
partilhada memória.
Iniciámos a nossa história...
Iniciámos a nossa história...
.
E, todo o teu silêncio soou como fados.
Não tristes, não desencantados, não salgados, mas desafios....
Convites a mergulhar em águas com braços envolventes,
irrequietos rios...
De sedução ornamentados.
Passos por paraísos da mente...
suspensos, alados.
Chegaste como vento quente!
E, todo o teu silêncio soou como fados.
Não tristes, não desencantados, não salgados, mas desafios....
Convites a mergulhar em águas com braços envolventes,
irrequietos rios...
De sedução ornamentados.
Passos por paraísos da mente...
suspensos, alados.
Chegaste como vento quente!
Que (des)penteia os meus longos cabelos
Afaga o meu ser, quena ausência te sente!
E o teu nome clama... em murmúrio rouco.
Deixando o meu peito, devontade de ti, quase louco.
Dos meus sonhos fizeste novelos....
E os segredos,
na minha nudez podes vê-los.
Chegaste com o subtil poder
E o teu nome clama... em murmúrio rouco.
Deixando o meu peito, devontade de ti, quase louco.
Dos meus sonhos fizeste novelos....
E os segredos,
na minha nudez podes vê-los.
Chegaste com o subtil poder
De modificar o meu fugidio ser,
de me encantar e de me envolver.
E, sem que eu o pudesse perceber,
Ou negar, ou não querer...
Ou gritar que sim e te
de me encantar e de me envolver.
E, sem que eu o pudesse perceber,
Ou negar, ou não querer...
Ou gritar que sim e te
escolher....
Fizeste-me somente tua, sem te ter.
Fizeste-me somente tua, sem te ter.
.
(Nina Castro)
Lisboa, num momento de puro sentir
(suspenso no tempo...)
Lisboa, num momento de puro sentir
(suspenso no tempo...)
1 Comments:
O grande homem/mulher do espaço ibero-americano
O espaço ibero-americano é um espaço de tolerância, de cultura…
Todos formamos parte de un país… un país hecho de hombres y mujeres,
Quién ha sido (en vuestra opinión) el más grande español, portugués, mexicano, etc.
E os grandes homens (ou mulheres) referidos pelos amigos foram:
Cervantes, escritor, (España) (4 votos) Lorca (España) (2 votos) Picasso (España) (2 votos) Alvar Núñez Cabeza de Vaca, descubridor, (España) Nadal, desportista, (España), Cristóbal Colon. (España) Isabel la Catolica (España) Francisco de Quevedo (España) José de Espronceda (España) Juan Ramón Jiménez (España) Salvador Dalí (España) Miró (España)
Machado de Assis, escritor, (Brasil)
Frida Kalho pintora, (México) (4 votos) Octavio Paz, poeta, México (4 votos) Diego Rivera, pintor, México (2 votos) Benito Juárez (México) Carlos Fuentes (México)
Neruda, poeta, (Chile) (2 votos) Padre Alberto Hurtado (Chile) Gabriela Mistral, poeta (Chile) Buesa (Cuba)
G.G. Márquez, escritor, (Colômbia) (3 votos) Botero, pintor, (Colômbia)
Júlio Cortazar, escritor (Argentino) Che Guevara, combatente, (3 votos)
Camões, poeta, (Portugal) (8 votos) Aristides Sousa Mendes, salvou 30 mil judeus do holocausto (Portugal) (6 votos) Fernando Pessoa, poeta (Portugal) (6 votos) Afonso Henriques, rei, (Portugal) (5 votos) José Saramago, (Portugal) (2 votos) Padeira de Aljubarrota (Portugal) (2 votos) D. Sebastião, rei (Portugal) Salgueiro Maia, revolução dos cravos (Portugal) Paula Rego, Pintora (Portugal) Graça Morais, pintora (Portugal) Rainha Santa Isabel, (Portugal) Bocage, (Portugal) Florbela Espanca (Portugal)
por mixtu às 23:56 a 25/Jan/2008
mixtu disse...
Estou feito... o meu avó, o meu pai, ninguém me leva a sério… às tantas é por causa da fotografia (uma foto de um pastor)... mas é a única que tenho onde não pareço "Toino"... Ora bolas... vou para os copos, é que daqui a bocado aparece que é o meu marido ou a minha esposa... Fui... para nunca mais voltar...
Sílvio disse...
Que desafio! Temos que considerar ainda que a história de Portugal e Espanha é tão entrelaçada como a da América Latina. Portanto, historicamente, formamos uma grande nação ibero-americana.
Se fôssemos seguir a linha das artes, poderíamos citar Camões, Picasso, Cervantes, Machado de Assis, Neruda, G.G. Marquez, Botero, e por aí vai. Há ainda as figuras históricas, que são confundidas pelas memórias de quem a conta. Talvez maiores heróis foram os nativos das Américas que acabaram por render-se a invasão de nossos antepassados. Tenho um carinho especial por Cabeza de Vaca. Vale um post! Conheces? Naufragou na costa da Flórida nos idos de 1500, andou pelo continente por 9 anos até o México, depois foi nomeado pela coroa espanhola para defender Asunción no Paraguay e, de quebra, encontrar o caminho do Eldorado para o alti-plano Boliviano e peruano, o que nunca conseguiu. Acabou por encontrar caminhos perdidos dos Incas até o Atlântico, por dentro do Brasil e caminhos para o "mar interior" que hoje conhecemos com Pantanal ou Chaco.
Em resumo, voto em Alvar Núnez Cabeza de Vaca: veja mais aqui no wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lvar_N%C3%BA%C3%B1ez_Cabeza_de_Vaca
Maria P. disse...
Já escolhi: D. Sebastião - escapou num dia de nevoeiro (esperto) e ainda é O Desejado!
cristina disse...
Se não fosse D. Afonso Henriques, Portugal não seria Portugal. Se não fosse D. Afonso Henriques, eu não poderia ter o orgulho de ser portuguesa. Foi um sonhador, teve um sonho de criar um reino que de muito pequenino a todo o mundo chegou. Para além da terra, para além do mar, a cultura portuguesa está hoje em todos os cantinhos do planeta. Graças a este importante, grandioso, o grande e primeiro herói português.
Fausta Paixão disse...
somos um povo de heróis: é porta sim, porta sim. vamos lá por partes para organizar o pensamento: reis cavaleiros, albuquerques carniceiros, poetas zarolhos, comentadores televisivos omniscientes... mas cá p'ra mim há um que bate aos pontos tudo o que é pós-moderno: o homem que escreveu "A arte de bem cavalgar toda a sela". Já te apercebeste da ciência contida nesta arte? Ui... uma mulher até se arrepia só de pensar que se o D. Duarte fosse vivo morria de espantação quando percebesse que hoje as cavalgaduras são eles! mas dá-me mais uns dias... hei-de aprofundar a coisa e volto com mais satisfação. Vou explorar a área das sufragistas para ver se alguma tem cara de heroína... elas eram um tanto cheiinhas de busto, mas uma mulher quer-se ro-busta!
aflores disse...
Olha...nem sei que te diga. Pelo menos "Os Dez Mais" que escolheram no Programa (e iniciativa) da RTP estão todos mortos :(:(
Caiê disse...
Sabes lá se a minha avó foi uma figura histórica... Ah ah ah! :)
Não foi, não. Mas olha lá, o que não é "histórico" não é sério? Olha que a História não é feita de modo tão objectivo como possas pensar... eh! Teria de escolher algum navegador ligado aos Descobrimentos. É que, naquele tempo, as navegações eram uma autêntico feito - não havia GPS nem os instrumentos de hoje em dia. Ah ah! Foram feitos extraordinários e uma aventura que requereu tomates! :) Na contemporaneidade, escolheria o Salgueiro Maia, porque a Liberdade é o valor mais alto que temos. :) Um ponto a referir, caro Mixtu: porque raio é que a História raramente refere as mulheres? É muito difícil uma mulher ficar com o seu nome na História, porque os que a escrevem são homens.
Anonymous disse...
Pois para mim, o maior português foi um vizinho meu que media dois metros e vinte e um (o UM é só pr'árredondar) lolol
Mourinho disse...
Grande português??? Hummm temos tantos...Somos todos tão bons... nisto ou naquilo, que é quase impossível descrevê-los. Mas, como tenho muito orgulho no meu país vou para D. Afonso Henriques, e voltando ao mas...Fascina-me a história de "Alves dos Reis"tem passado, tantas vezes na TV, que já tenho a impressão que o conheço de qualquer lugar. Por de trás de qualquer grande português, há sempre uma grande história.
Ni disse...
O povo de Luso... os Lusíadas...O POVO português. Sabes, amigo pastor, eu sou uma 'camponesa'... na cidade - Lembro-me da canção do Rui...'Sei de uma camponesa'... :)- e enquanto (me) cultivo... às vezes penso nestas coisas. Não há UM ou UMA figura que admire, excepto a colectiva... TODO o povo português, o verdadeiro herói, que permitiu (com a sua ousadia, arte e engenho) que certos nomes fizessem História. Quem é o Herói d'Os Lusídas? (Pergunta básica)... é Ele, o Povo. A gente Ousada... seja no mar, na pastorícia, no meio de papoilas ou de livros. Somos todos nós.
Anonymous disse...
Parece que D. Afonso Henriques era muito alto 1,90 foi ele quem fundou Portugal e o seu reinado foi um grande reinado. De qualquer modo o cantor da Gesta foi Camões e o dia do seu nascimento chama-se Dia de Portugal e das Comunidades de Língua Portuguesa, afinal a nossa Pátria, por isso escolho Luís Vaz de Camões. O pastor da foto é um belo representante da raça lusa (lol)
Bohemiamar disse...
Puede que el ó la grande en España sea anónimo.
francis disse...
Vou aproveitar para dizer agora da minha justiça uma vez que tens poucos comentários (Só 67, he, he). O maior português de sempre, obviamente, não existe. Existem uma série de figuras que foram importantes durante uma determinada época... e não estou a falar do Professor Oliveirinha. Aliás não compreendo como é que criminosos podem ser candidatos ao prémio. Enfim. Estamos em Portugal e tudo é possível.
Catarina Pat disse...
Ora caramba, serei a única pessoa que levou este post a sério??? Tenho que rever o meu sentido de humor!!! Grandes Portugueses? Aristides de Sousa Mendes! Se foi ou não o maior português não sei, mas foi certamente um homem que tomou atitudes admiráveis na existência! só não é tão conhecido como o Schindler porque nasceu em Portugal e a historia dele não foi descoberta por nenhum produtor americano! Grandes Franceses? Sem duvida alguma Abée Pierre (Fundador do Emmaus) porque foi a única pessoa que conheci que viveu em conformidade com o que apregoava: generosidade, partilha e humildade! Raro, não?? De resto acho que o inventor da maquina de lavar roupa, independentemente do pais de onde era originário; merecia ser beatificado:):)
Cucagaio disse...
Só há uma resposta possível AFONSO HENRIQUES, pois sem ele não havia Portugal, e não estávamos a ter esta discussão.
mixtu disse...
Como não podia deixar de ser... o meu voto:
Sem qualquer dúvida: Aristides de Sousa Mendes que não tive a oportunidade de conhecer mas que desde miúdo, o meu pai e outras pessoas falaram-me deste GRANDE PORTUGUÊS... como o Sr. Dias fazia a letra pequena nas certidões para ele pagar menos no notário e como com o pouco que tinha... ainda dava para muitos pobres de Cabanas de Viriato. Para quando a recuperação da casa do Passal?
E para quem não conhece este GRANDE HOMEM, deixo aqui este texto do site da RTP:
Aristides de Sousa Mendes foi o "Schindler português" muito antes de o alemão começar a sua actividade humanitária em prol dos judeus. Atendendo à verdade histórica, Oskar Schindler é que foi o Aristides alemão.
De uma coisa ninguém tem dúvidas: Aristides de Sousa Mendes é um dos maiores símbolos nacionais da II Guerra Mundial. Foi o homem como metáfora do humanismo. Em 1940, Aristides era cônsul de Portugal em Bordéus e, indo contra uma directiva expressa de Salazar para não se concederem vistos a refugiados que quisessem atravessar a França para chegar a Portugal, desobedeceu e passou 30 mil vistos. "Na vida de cada pessoa há uma ou outra oportunidade para se revelar, para mostrar aquilo em que acredita e levar isso até às últimas consequências", diz D. Manuel Clemente, bispo auxiliar de Lisboa. "Ele revelou um sentido de rasgo, um sentido de risco."
No século XX português não há outra figura que tenha mudado tanto - objectiva e materialmente - a vida de milhares pessoas. "Ele representa a desobediência justa", refere António Costa Pinto, historiador e professor do Instituto de Ciências Sociais. "É o exemplo de solidariedade. A sua figura é muito associada ao humanismo do século XX."
No momento crucial da vida na Europa e no mundo, Aristides de Sousa Mendes foi capaz de distinguir o essencial do acessório. "Percebeu que não poderia ficar indiferente à sorte de milhares de pessoas que foram aparecendo no Consulado de Portugal em Bordéus", diz José de Sousa Mendes, sobrinho-neto de Aristides.
Nascido numa abastada família de antigos fidalgos de província, de Cabanas de Viriato, perto de Viseu, Aristides e o irmão gémeo cursam Direito em Coimbra e seguem a carreira diplomática. Perseguido pelo regime sidonista e a I República em geral, após o golpe de 28 de Maio de 1926 é colocado em Vigo, num posto prestigiante e de confiança. A seguir é transferido para Antuérpia, outro posto de confiança, onde ficará nove anos. Com 50 anos é o decano do corpo diplomático.
Em 1938, após Salazar recusar o seu pedido para permanecer na Bélgica, é colocado em Bordéus. Em 1939, com o rebentar da II Guerra Mundial e, em 1940, devido à invasão da França pelas tropas alemãs, milhares de refugiados fogem para sul. Os jardins do Consulado e as ruas vizinhas servem de local de acampamento a milhares de pessoas, das mais variadas nacionalidades, sobretudo judeus, que fogem da perseguição nazi, mas também gente que foge somente da guerra.
Com a proibição de Salazar - que além de presidente do Conselho de Ministros era ministro dos Negócios Estrangeiros - de se passarem vistos a refugiados, sobretudo a "israelitas", Aristides de Sousa Mendes segue a sua formação humanista e católica e desobedece. Passa (com dois dos seus filhos mais velhos) milhares e milhares de vistos àqueles fugitivos, entre os dias 17 e 19 de Junho de 1940. Terão sido passados cerca de 30 mil, nesses escassos dias. "Concede vistos sem olhar a nacionalidades, etnias ou religiões. Graças a ele, Portugal ficou na história como um país que apoiou os refugiados durante a II Guerra Mundial", lembra a historiadora Irene Pimentel. "Aristides marca de forma indelével a história de Portugal porque permitiu reconciliar-nos com a nossa dignidade. Mais do que qualquer outra pessoa da sua época, dignificou o que era ser-se humano e ser-se português", diz Fernando Nobre, presidente da Fundação AMI.
O mais atraente na história de Aristides de Sousa Mendes é ele ser uma espécie de herói vulgar, que está preso "apenas" à sua consciência. Quando se deu a ocupação do Consulado, fechou-se num quarto para reflectir o que deveria fazer. Numa alucinante inquietação, ficou apenas ele e o seu dilema: respeitaria as ordens superiores - o que, aliás, havia feito toda a vida - ou responderia à sua consciência? "Aristides de Sousa Mendes era um homem vulgar, um funcionário ordeiro, com mais de 50 anos e 12 filhos, que nunca se tinha oposto ao regime ditatorial existente em Portugal", conta o jornalista Ferreira Fernandes. "Mas naquela hora respondeu à sua consciência. E isso foi extraordinário."
Continuando a desobedecer às ordens superiores, provou que não tinha vocação de capacho. Pela inacção dos colegas de Bayonne e de Hendaye, desloca-se a estas cidades nos dias seguintes e ele próprio emite mais alguns milhares de vistos. "Segue a sua consciência humanista universal", refere Medeiros Ferreira, historiador e professor universitário. "Opta nitidamente pela desobediência civil. Opta por salvar aquelas milhares de pessoas que estavam nas escadarias do Consulado à espera de um visto salvador."
As perspectivas dos seus actos não se limitavam a ser sombrias. Excediam em perigo mais do que a imaginação humana pudesse conceber. "Fez tudo o que estava ao seu alcance, mesmo que isso lhe custasse a carreira, a vida e o bem-estar da sua família", conta José de Sousa Mendes. No dia 24 de Junho recebe um telegrama de Salazar ordenando-lhe o regresso imediato a Lisboa. "Enfrentou a ira de Salazar, que não podia permitir que um diplomata desobedecesse às suas ordens", relata Irene Pimentel. Após 32 anos de serviço, Aristides de Sousa Mendes (com uma família de 12 filhos) é demitido compulsivamente sem direito a qualquer reforma ou indemnização. Além disto, é interditado de exercer advocacia e os filhos de frequentarem a universidade. O irmão também é demitido do serviço diplomático. A sua vida estilhaça-se por completo: desmorona-se em prol de um ideal. "Mas quem atinge assim o pico, atinge a glória", afirma D. Manuel Clemente.
Há uma grande presença de Deus na sua vida. O cônsul coloca o seu catolicismo acima de tudo. "Viveu a vida como responsabilidade, a vida como encargo, a vida como compaixão. Actuou de maneira exemplar na história portuguesa e da Humanidade", resume D. Manuel Clemente. Foi um homem conservador, que se adaptara ao regime do Estado Novo, e que levou o seu cristianismo até às últimas consequências.
Alberga no seu palácio de Cabanas de Viriato muitas famílias de refugiados, hipotecando para o efeito todo o recheio. Já na miséria, é auxiliado pela Comunidade Israelita de Lisboa a partir de 1941, sendo muitos dos seus filhos chamados por aqueles que haviam sido salvos, sobretudo a partir dos Estados Unidos e do Canadá. "Aquilo que mais admiro foi a capacidade de ter aguentado a vida nos quase 14 anos que se seguiram àquele acontecimento", sublinha José de Sousa Mendes. "O seu mundo desabou totalmente." Em 1945, terminada a Guerra, tendo feito uma exposição para tentativa de reapreciação do seu processo, não recebe resposta. A situação de miséria agrava-se. Em 3 de Abril de 1954 morre, no Hospital da Ordem Terceira, em Lisboa, desonrado e sozinho (os filhos já tinham todos emigrado para a América), acompanhado apenas por uma sobrinha.
Ainda hoje a figura de Aristides de Sousa Mendes é controversa. "A nível da diplomacia, há quem diga que o dever de obediência deveria estar acima da sua atitude humanitária", conta Irene Pimentel. "Eu acho que não. É precisamente nestas alturas que se vê a postura dos seres humanos." Pormenor importante: por incrível que pareça, Aristides de Sousa Mendes só foi reabilitado nos anos 80 do século XX - e muito por pressão exterior. Foi primeiro elogiado nos Estados Unidos e em Israel. É considerado o justo entre os justos.
"Em 1987, reencontrei um dos filhos dele que emigrou para o Canadá, numa homenagem a Aristides, na Alameda dos Justos, em Jerusalém, onde há uma árvore dedicada a cada um dos justos que ajudou os judeus durante a guerra. Fomos convidados para regar essa árvore", conta, emocionado, José de Sousa Mendes. "Aristides não tem um monumento em Portugal. Mais do que um monumento, deveria haver simplesmente uma lei que dissesse: 'A nuvem - aquela coisa efémera -, a nuvem mais bonita em Portugal, todos os dias, deveria chamar-se Aristides de Sousa Mendes'", remata Ferreira Fernandes.
luci disse...
( pois. não te consideras pessoa grande-grande pessoa...não te contaste...e olha que tens alguns votos!) ocorreram-me grandes vivos. artistas... pensei logo paula rego depois a segunda primeira segunda: graça morais. a que tem uma aldeia na cabeça e a amplia apaga acende expande ao infinito. a pintora sacada à terra por instantes apenas. para ser sombra luz sombra acesa... e tão bela por ter encontrado o segredo das outras mulheres todas. (de seguir os breves traços gravados no berço...)
...as frágeis cores sem nome com que pinta o abandono até à não-cor-ocre-negro até ao silêncio do reconhecimento cansado no espanto dos olhos... (nela como em torga cabe a expressão da essência inteligente sensível e memórica deste país de que falas
que nos perdeu os sentidos mas nos cresceu nas entranhas e moldou o lado mais belo e profundo do rosto...)
azzura disse...
Pues yo creo que Cristóbal Colon... ehh que dicen que es español! mallorquín para mas señas. Bueno si realmente fuera español (hay cuatro estudios en marcha) pues él; Cristóbal Colon. y si no lo fuera pues: 2 Miguel de Cervantes Saavedra 3 la Reina Isabel la Católica 4 Francisco de Quevedo 5 Jose de Espronceda 6 Juan Ramon Jiménez 7 Federico Garcia Lorca 8 Salvador Salí 9 Pablo Picasso 10 Miró ..
Mac Adriano disse...
O grande português ainda não se revelou. É aquele que enfiar um balázio no Sócrates. O grande espanhol será o que tomar conta aqui da província portuguesa, que tem andado entregue à bicharada.
Haddock disse...
Eu devo ser um dos anónimos aí de cima que votou na padeira de Aljubarrota. Milongas disse...
Mixtu!!! que me voy a Lisboa a visitar la ciudad!!! jejejjeje un café estaría bien, no? bueno ya me dirás!!! Por cierto, no entendí si estas en Mali o Burkina o si eres de allí. Yo estuve en esos países hace dos años y me encantaron!!! Besos!
mixtu disse...
Milongas,
convidas para tomarmos um café em lisboa... não te metas nisso, os gajos levam um dinheirão por um bocadinho de nada... Convido-te para vires aqui à Serra... 30 centimos na tasca da velha... Só tens que me avisar com antecedência... pois nesse dia tenho que pedir a alguém para levar o rebanho ao pasto... Ah! E tenho que pedir à ti Júlia para dar um jeito à casa... Besos
Mentiroso disse...
Que treta! só cá falta D. Duarte Pio, o Usurpador.
Milongas disse...
Mixtu, y cual es tu email???? Te dejo el mio y hablamos del café en Lisboaaaa!!!
songarcia@hotmail.com Mil beinjinhos!!!!
fantasmagorico disse...
yo creo que uno de los mejores mexicanos de la historia es Benito Juarez. De los escritores prefiero a Carlos Fuentes. sin embargo me late que el mejor de todos fue un anciano que conocí que se murió de tristeza, de genuina tristeza. Y la madre Teresa era una farsante sádica que creía firmemente en el sufrimiento extremo como forma de "santificarse". Así que tenia a sus pobres viviendo literalmente en su propia mierda..
naoseiquenome usar disse...
Ai... Tanto herói! E tanto mártir! E tudo por fazer..... :)
su disse...
Olá amigo "cosmopolita"!! ;) Heróis são aqueles que se fazem no dia a dia o dia a dia dos outros...os mais humildes e simples, anónimos que alimentam a engrenagem da roda da sociedade...Mas a pergunta é explicita...por isso terei de nomear uma Florbela Espanca na poesia...e um Fernando Pessoa...ah...na poesia também!! Será que isto das almas dos portugueses só vive de palavras?! ;)
Xa disse...
Hay que votar????, espera que miro ;-), peeeero mi personaje favorito es... Te lo cuento por privado ;-)
Ines disse...
Já conheces o que penso. Que estamos presos à nossa temporalidade, que não conseguimos compreender a grandiosidade de alguém que nos é distante no trato e no tempo. Que há muitos anónimos que a história não presenteou com tempo de antena nas aulas de história dos liceus e que ficaram por isso para sempre votados ao esquecimento. De qualquer forma acho que é o estético que mais me toca, a obra feita, esculpida, pintada, escrita, permanece inalterada, pode ser revisitada, olhada à luz da história ou do idiossincrasismo. Mas... mesmo assim... não ouso escolher o "melhor" - ou não foi o próprio Pessoa ignorado pelos seus contemporâneos para depois ser "descoberto" pelos brasileiros... e então nós nos dignamos a olhar para ele...
Quem sou eu!?
O mesmo posso dizer do Aristides de Sousa Mendes. Aqui o sentimento estético é outro - ou a emoção não é por si uma experiência estética? - gostei da expressão "desobediência justa"
É com admiração que imagino a sua vida - as dificuldades, os dilemas morais, o medo, o sentimento de inevitabilidade, o dever... Não deve ter sido fácil ser Aristides.
Mas também sei não ser fácil ser Manel, Jose, Alberto, Inês, etc...etc...etc...
Porquê escolher o melhor? Não o sei fazer!
Maria P. disse...
Grande escolha: Aristides de Sousa Mendes! E não esquecer que votar nele, também é prestar homenagem a uma Grande Mulher: Angelina, sua esposa que sempre lhe deu apoio.
Margarida Atheling disse...
Parece-me que, quem recebe mais votos, são os avós dos teus leitores!
Se tivesse que escolher um grande português escolhia o D. Afonso Henriques que - ironia! - era meio francês e meio leonês! Portanto, a figura mais consensual, parece ser mesmo o "avô" de cada um e de todos, e, afinal é isso que nos liga a todos, portugueses, espanhóis, latino-americanos. O mesmo sangue, o tal "avô".
Claudinha disse...
Eu tenho um português e uma espanhola para citar, meu avô e minha avó, que foram imigrantes vindos do Minho e de Sevilha para o Brasil. Beijos!
mixtu disse...
Ainda sobre Aristides,
Um dia, ano de 2002 (julgo... decorria a Bienal de Veneza) estava no Museu do vidro na Ilha de Murano quando um casal de meia idade pediu-me para lhe tirar uma foto no pátio do palácio... veio a conversa do costume: "se eu era pastor italiano..."
- portuguese from Portugal...
Eles de Jerusálem
Mais à frente a conversa vai sempre dar ao mesmo... expulsão dos judeus... séculos passados, ...
- Aristides... portuguese...
"O Justo dos justos", justo é quem salvou judeus do holocausto sem ser judeu...
Portugal is Aristides...
acho que ficou convencido, pelo menos convidou-me a ir a Jerusalém, segundo ele, cidade segura...
E por fim, pois os judeus têm sentido de humor... e conhecendo a minha humilde profissão... "Não conheço ninguém da sua profissão que saiba falar bem inglês..."
Sara MM disse...
Eu até votava no Camões... mas não me apetece gastar 60 cêntimos... :lo|
El enamorado de un alma bella permanecerá fiel durante toda su vida, porque ama una cosa permanente como su amor en una ventana
OJOS DE POETA
“A una ventana de San Telmo”
Mis ojos de poeta son una enredadera
de flores amarillas que trepan tu ventana.
Brillan esas flores cuando tú las miras,
crece la hiedra cuando tú me riegas.
Cuando el viento sopla,
golpea las hojas de tu ventana
y tú no sabes si es el viento que te llama
o son mis ojos que te quieren mirar.
Cuando entra la luz en tu casa,
luce el color de las flores de mis ojos
entre las hojas verdes y se van a los tuyos.
Cuando la lluvia desciende hacía ti,
en ese día gris como una fábrica de grises,
mis ojos de hierba trepadora
atraviesan esa niebla de tú alma
y te iluminan la cara y las manos.
Yo me siento enredadera de flores
amarillas en tu ventana,
y mis ojos son ojos porque tú los miras.
Soy ojos de poeta solo por ti.
(Rafael)
CHEGASTE
Chegaste como uma asa...
Homem ou Anjo?
Chegaste como quem chega a casa.
Invadiste o meu céu... e ele tornou-se teu..Com o teu acalanto, o teu abraço, o teu encanto...
Envolveste-me nas brumas departilhada memória.
Iniciámos a nossa história... .
E, todo o teu silêncio soou como fados.
Não tristes, não desencantados, não salgados, mas desafios....
Convites a mergulhar em águas com braços envolventes,
irrequietos rios...
De sedução ornamentados.
Passos por paraísos da mente...
suspensos, alados.
Chegaste como vento quente!
Que (des)penteia os meus longos cabelos
Afaga o meu ser, que
na ausência te sente!
E o teu nome clama... em murmúrio rouco.
Deixando o meu peito, de
vontade de ti, quase louco.
Dos meus sonhos fizeste novelos....
E os segredos,
na minha nudez podes vê-los.
Chegaste com o subtil poder
De modificar o meu fugidio ser,
de me encantar e de me envolver.
E, sem que eu o pudesse perceber,
Ou negar, ou não querer...
Ou gritar que sim e te
escolher....
Fizeste-me somente tua, sem te ter..(Nina Castro)
Lisboa, num momento de puro sentir
(suspenso no tempo...)
Ni*
publicada por mixtu às 0:16 a 14/Jan/2008
Brisa disse...
Que hermosas miradas las de ambos poetas Rafa y Nina, me encantan estos versos…"mis ojos de hierba trepadora atraviesan esa niebla de tú alma y te iluminan la cara y las manos" de Rafa. Del poema de Nina que me parece también precioso tomaría estos versos..."Chegaste com o subtil poder De modificar o meu fugidio ser, de me encantar e de me envolver. E, sem que eu o pudesse perceber, Ou negar, ou não querer... Ou gritar que sim e te escolher...." de Ni
Y me quedaría con la suma de sus sentimientos.
Niebla disse...
Mi más sincera enhorabuena a el/la aut@r de los preciosos poemas.
No sé hacer bellos poemas, te dejo en compañía de uno de mis autores favoritos.
HOMBRE QUE MIRA A TRAVÉS DE LA NIEBLA
Me cuesta como nunca
nombrar los árboles y las ventanas
y también el futuro y el dolor
el campanario está invisible y mudo
pero si se expresara
sus tañidos
serían de un fantasma melancólico
la esquina pierde su ángulo filoso
nadie diría que la crueldad existe
la sangre mártir es apenas
una pálida mancha de rencor
cómo cambian las cosas
en la niebla
los voraces no son
más que pobres seguros de sí mismos
los sádicos son colmos de ironía
los soberbios son proas
de algún coraje ajeno
los humildes en cambio no se ven
pero yo sé quién es quién
detrás de ese telón de incertidumbre
sé dónde está el abismo
sé dónde no está dios
sé dónde está la muerte
sé dónde no estás tú
la niebla no es olvido
sino postergación anticipada
ojalá que la espera
no desgaste mis sueños
ojalá que la niebla
no llegue a mis pulmones
y que vos muchachita
emerjas de ella
como un lindo recuerdo
que se convierte en rostro
y yo sepa por fin
que dejas para siempre
la espesura de ese aire maldito
cuando tus ojos encuentren y celebren
mi bienvenida que no tiene pausas
Mario Benedetti
El Navegante disse...
Al gran poeta Rafael, recién tengo el placer enorme de conocerlo, de disfrutar su arte exquisito, donde sus versos llegan al alma del lector sensible, verdaderamente como una enredadera que no se apartará jamás de su nueva cimiente, asida al mensaje transmitido con tanta sensibilidad e inspiración. "Se necesitaba - dice la frase popular - tanta agua para apagar tanto fuego". Yo le agregaría, "se necesitaban tantos versos de elevado talento poetico, para dar curso al de un enamorado del amor".
Mis más sinceras felicitaciones, al autor,a quine ya iré a visitar naturalmente, y a tí, Mixtu, por tu capacidad de saber encontrar las obras y autores dignos de lucirse en esta casa de la cultura, tan especial.
A la dama de Lisboa, le deseo un muy feliz 2007, recordando tantos comentarios que le he dejado en vano. Nunca obtuve más que un GRACIAS POR LA VISITA, o algo asi. Aparentemente mis expresiones no fueron comprendidas, mis palabras no desearon ser escuchadas,para qué seguir hablando al aire entonces, si "los suspiros son aire, y van al aire", como decía Bécker. Me harté de suspirar y de esperar/la.
Lo siento Mixtu, espero me disculpes esta descarga emotiva de alguien que te consta es muy sensible cuando siente el desprecio gratuito de alguien.
Pero ya ves, el mundo es verdaderamente un pañuelo, como decimos por aquí, y todos, alguna vez, nos volvemos a encontrar.
Un fuerte abrazo mi querido Amigo, y a tí Poeta, mi más sincero reconocimiento a tu enorme talento.
mixtu disse...
Numa manhã soalheira…
Brisa… a minha manhã também tem uma “brisa” de Este… A poesia... tal como a fazes no teu "rincón" de uma forma que me encanta… Eu gosto da poesia que não ocupa as “linhas” até ao fim… mas a poesia que se encontra na prosa é verdadeiramente extraordinária…
O Rafael, e adianto que a janela/ventana da amada do poeta tinha uma “hierba trepadora de flores amarillas”, brinca e junta palavras fazendo poesia… em alguém que não se considera poeta… mas quem se considera poeta?
A Nina, prémio Neruda de Poesia na Argentina, não sei se ela se considera poeta… juntará palavras como tantas poetas... “Fizeste-me somente tua, sem te ter…”
Enigmas… nem vou buscar a chave para o desvendar…
Brisa, “sin fronteras…”
Niebla, um dia apresentaste-me alguns poetas de língua castellana… foi com eles que comecei a gostar da tua língua… Benedetti… e porque me falaste da sua vida, do amor com a sua companheira… da doença da mulher… a sua escrita e poesia têm uma luminosidade para mim… sem qualquer “niebla”… Niebla, com o encerramento do outro blog… passa a ser o blog da blogocosa… e que pena ser só para os amigos… outros podiam ser teus leitores… como um dia aconteceu comigo…
El navegante… a navegar en castellano, porém é uma pessoa que fala português e inclusive o mirandês (asseguro-te que não és o único natural do planalto mirandês, yaya, "Se necesitaba - dice la frase popular - tanta agua para apagar tanto fuego".
Asseguro-te que na Galiza há muita água, só que há muito fogo… e marisco… e acho que também caldo verde… (um aparte, dos muitos, que tenho com o Rafael…)
"comentarios que le he dejado en vano”, aquí te contradigo… os comentários nunca são deixados em vão… a poesia e/ou o feeed/back é feita de palavras, do silêncio que queda entre as palavras e do próprio silêncio… E a verdade é que a Ni* não comenta na Blogo... e muito raramente prestigia esta minha "pedra no meio do lago" (poesia da Dreams)
"Me harté de suspirar y de esperar/la.” Esse é o destino do homem… suspirar e esperar pela enamorada… poucos são, como o Rafael, os que miram a amada a uma janela/ventana (já nem falo entrar em casa… pois os pais das meninas desejam que as filhas casem com médicos ou engenheiros para lhes dar uma vida mais desafogada… nunca com pastores… ou pior ainda… com poetas yaya)
Dois beijos e um abraço… Fui para os copos e mais uma vez não convido ninguém... algo me diz que o vinho da tasca azedou desde que o misturei com poesia... ou então é a velha que o anda a "baptizar"... yaya
Rafa disse...
Meu benquerido amigo Mixtu:
Pido desculpas por nao escreber na tua lingua. Tu ja me conheces e sabes dos meus lastimosos intentos por escribir en portuñol (este está a ser un ejemplo óptimo disso). Permiteme hoje expresar o que sinto no idioma no que podo facelo do melhor jeito. Agardo que ti e mais todos os teus amigos e amigas poidan perceber o que quero dicer e desculpen a minha descortesía. Este poeta que no lo es se emociona con la poesía. El sentimiento de un hombre no debería vibrar tanto con ninguna otra cosa como con la emoción, esa que sube con ansiedad por el cuerpo e invade el pensamiento. Si pensabais que no había nada más emocionante que ser reconocido por los demás, que triunfar, que tener éxito en una profesión, que ganar dinero y adquirir con él prestigio, que tener una vida equilibrada y tranquila, permitidme que os diga que a mí la emoción me llega de otra manera. Es cierto lo que dice Mixtu, yo no soy poeta ni nunca lo seré. Mi amigo Máximo Ballester, un magnífico poeta argentino, siempre dice que el no sabe si es o no es un poeta, pero que tiene todos los síntomas.
Yo nunca he sido poeta, o mejor dicho casi nunca lo soy, porque es cierto que a veces me siento más poeta que el más grande de ellos y la emoción me arrasa el sentimiento. Eso me sucede cuando me siento enredadera de flores amarillas en su ventana, cuando mis ojos son para verla a ella y cuando ella decide verme con los suyos. Es en ese sentimiento y en esa emoción que me dan ella y la poesía en el único lugar en donde este aprendiz de todo siente que la vida es un éxito.
Gracias, amigo Mixtu y gracias a todos tus amigos y amigas por leer mi emoción, gracias por confiar en la poesía, gracias por acercarme a mí al poeta que quiero ser, por acercarme a ella y a su ventana. Un abrazo muy grande a todos. Rafael
Rafa disse...
¡¡Parabens, Nina!!
E unha honra estar junto a voçe neste espaço e tambem na procura daquilo que procuramos e jamais encontraremos, estar junto a voçe na poesía. Um forte abraço.
Anonymous disse...
a poesia fala por si,
e mesmo em silêncio,
canta os sonhos e o amor...
chora e sofre,
temperando a existência,
e ao mergulhar a caneta
na lágrima mais sentida,
encanta a vida,
redescobre o amor,
porque precisa viver...
um beijo do meio do lago
s.w.
Anonymous disse...
porque siempre hablas en vino...
el vino es mejor en tu boca
y la noche en tu cuerpo es más corta...
quisiera ser noche en tu piel
y beber de tu boca
la miel del amanecer...
fundirme contigo en las sombras,
hacer un poema de amor,
pensar que fue todo un sueño
y descubrirte otra vez...
un beso
s.w
mixtu disse...
Rafa, falamos a mesma fala, a única que conhece a palavra saudade… palavra de marinheiros… Eu digo o que tu dizes no teu blog… “Yo no soy poeta ni escritor, solo escribo." "La poesía es para mi una busqueda continua de aquello que nunca encontraré. Nunca seré un poeta y nunca encontraré la poesía.”
Modéstia da tua parte… “Es en ese sentimiento y en esa emoción que me dan ella y la poesía en el único lugar en donde este aprendiz de todo siente que la vida es un éxito.” Poesia…
Mas eu questiono… o que é ser poeta… para ser poeta tem que se escrever poesia (questiono) Hoje, uma amiga disse-me, "O silêncio entre os Seres pode ser um poema divino, acredita!" Acredito...
E a poesia é palavra, pa-lavra ou pa-la-vra...
S.W.
أحبك
انا لا تتجاوز أكتب لكم عن الشعر والنبيذ ولا يذهب الى أخطب في
تاسكا... كان المتهم قد تعاطوا قبل الشرب... الرياح أنت...
مناسب لهم ويستحق...
yayaya, a vida é bonita, a poesia é bonita e a lingua árabe... também... Espero que entendas o clássico, pois só é essa a versão que domino... e como é óbvio... ler da direita para a esquerda...
luci disse...
sei e sinto que toda a poesia se tende e se estende em silêncio. ...e talvez, sim, talvez ao vinho, talvez à pele ou aos gestos que não se deixam adivinhar. mas existem. (corridas as cortinas sobre o sonho...) a poesia é impermanente: um dia gostamos assim, outros doutra forma qualquer...partilhar é belo, mil ecos mais mil.
escrevemos. lemos com as mãos, os olhos, as lágrimas, o riso, as cores. com as flores que galgam janelas. com a espera que sempre esperamos... e volta sempre o silêncio do sangue. apenas. embalamos as mãos estendidas. e alguma névoa. dos rios por dentro do corpo...
Ni disse...
Olá! Gostaria de oferecer palavras 'rubras', como flores de afecto, e abraços sem pressa, como dança de enamorados que anulam o tempo, a todas as pessoas que, através de um grande amigo e grande pessoa - MIXTU - me dirigem tanto carinho.
Na blogo, talvez só mesmo o MIXTU entenda o meu silêncio, porque sou tímida ao falar de mim... porque é meu amigo e ... contei-lhe sobre as pedras aguçadas como lâminas sobre as quais caminho há 1 ano... com a alma muito magoada.
A ti, MIXTU, devo-te a perspicácia que tiveste para, no momento certo, teres lido o que mais ninguém leu... o tal grito calado nas palavras de quem já tinha desistido de tudo.
RAFA...
É uma honra, para mim, partilhar este momento de poesia. Todos somos poesia. Há quem a coloque numa pintura ou nas palavras ou no sorriso... ou no silêncio...ou numa mão que se estende. Belíssimo, o teu poema. São palavras com asas... de pássaros que festejam a tua arte. Obrigada por partilhares o teu belo poema junto às minhas palavras... que não são poema... são palavras que deram as mãos....
NAVEGANTE...
Entendo o teu comentário, poeta sensível.... que sabe o que é o sal do mar nos olhos, e a beleza do infinito horizonte no coração. Mas acredita-me... os teus comentários não foram em vão... e o meu silêncio.... nunca, peço-te, o entendas como desprezo.
A vida, como as marés, tem altos e baixos. O Mixtu disse a verdade. Eu não tenho comentado.... mas no meu silêncio abracei-te por cada palavra de carinho.
Posso dedicar-te um poema meu?
Para ti, NAVEGANTE:
Para escrever um poema...
É preciso despir as asas...
Ser mulher... apenas.
Em plena nudez.
Sem vergonha.
Sem timidez!
Seguir o trilho no bosque,
sem guia, sem medo, guardiã do segredo.
Ainda que momentaneamente frágil,
pássaro em voo calado... adiado.
Ser barco sem receio da ousada viagem!
É preciso aceitar que o tempo, afinal, não existe...
E que «momento» é um lugar,
onde me poderei encontrar.
Para escrever um poema...
É preciso olhar e ver...
com a limpidez do brilho da chuva...
É preciso assumir e SER!
E mergulhar, mesmo sem saber nadar...
no lago das memórias...
Onde a lua deposita futuras histórias.
Ainda que me me chamem sonhadora...
Ainda que pensem que dos meus dedos se solta inútil ternura...
Que se esvai... não perdura.
Para escrever um poema...
Basta desnudar o coração...
e colar em cada palavra um pedaço de essência, de emoção...
Verdade, grito, alegria, dor e perdão.
É preciso deixar ir na maré a esperança,
um nome amado...
Até a Fé....
E esperar...
Que o mar de mim esvaído,
retorne como a madrugada...
E sentir-me de novo alada.
Nesse mágico instante, o poema surge...
como um suspiro,
murmúrio de dedos entrelaçados...
Sentires enlaçados, mordidos lábios que sabem que o tempo urge!
...
E sorrir para o poema nascente...
Ainda que saiba ...
que ele é apenas um ínfimo olhar...
E que como tu(do)... irá passar.
Nin@
O meu abraço de vento para todos.
(Dreams... gosto-te!)
Maria P. disse...
Ao Mixtu:
Pedes-me tertúlia
jogo-te pétalas
A rosa quebrou-se
na dança do lago.
mixtu disse...
Luci,que dizer das tuas palavras… É curioso… há uma palavra transversal a estes poemas, “silêncio”… e como é bom ler em silêncio e responder em silêncio, é o murmurar… é o reflectir… A poeta dos (.)e das letras minúsculas,
E eu sempre afoito aos pontos porque são finais… mas em ti são virgulas… servem para respirar como me ensinou a minha professora da primária que me leva ainda hoje a levar reguadas da vida pela minha pontuação… mas se eu respiro assim… que hei-de hacer,
E tenho que me penitenciar aqui, sempre disse que o meu rebanho é de ovelhas pois as cabras dão muito trabalho… mas eu vou comprar cabras (duas ou três, também não vou abusar) porque na verdade, as cabras sobem muito e descem muito e têm uma bela cara sorridente...quando querem...e mastigam a medir-nos de alto a baixo...e dão marradas quando não as ouvimos… é… vou comprar duas cabras… ai a carga de trabalhos que vou arranjar…
Poesia em prosa… ocupando todas as linhas e com muitas anotações pelas páginas…
Ni*… para escrever um poema… Paulo Coelho também arrozou sobre o que é necessário para escrever um poema… não da forma poética como o fizeste… embora reconheço que o Paulo nunca me foi apresentado (não é uma leitura rápida na estação dos ctt da minha aldeia quando espero que o quadro electrónico indique o meu número – e aqui deixo o meu protesto pois agora os livros têm um plástico – que me fazem apresentar o Coelho… já me disseste que no meio de um poema, de uma obra… há um verso que vale um mundo…) Acredito… estou naquela fase (que vai desde que nasci até hoje) em acreditar em tudo… yaya
"Para escrever um simples verso,
é preciso viajar por regiões
desconhecidas,
estar preparado para encontros
e desencontros inesperados.
É preciso saber voltar a momentos
de nossa infância
que até hoje não conseguimos
compreender.
É preciso lembrar
do que sentimos quando
ferimos alguém que sempre
nos desejou o melhor possível
Para escrever um simples verso,
é preciso passar muitas
manhãs diante do mar,
muitas tardes diante do por-do-sol,
muitas noites diante de quem amamos.
Tudo isso pra escrever um simples verso".
(Paulo Coelho)
Maria, Recebi as tuas pétalas e a tua poesia de caneta ou de “janela”, umas vezes a norte ventoso… outras a um sul soalheiro… Poesia dançada… que encontres a(s) pedra(s) nesse teu lago… Fui... mas não digo para onde vou... para não se atreverem a arrozar sobre as minhas saídas... yaya
Rafa disse...
Amiga Nina; Es un placer hacer tertulia sobre lo que pensamos que es la poesía, el poema, los poetas... Todos nosotros, encantados de buscar siempre y siempre buscando, hemos escrito alguna vez sobre esto. Todos tenemos en nosotros poesia, poetas y poemas. Saber qué es la poesía es imposible, decir lo que creemos que es es lo único que podemos hacer.
Yo me enriquezco leyendo lo que dices tú, lo que dice Mixtu, lo que dicen todos y así voy viviendo esta vida que me tocó. Pero los dos sabemos, Nina, que moriremos, que llegará un día en el que ya no podremos escribir nada, un día en el que se nos acabará la poesía. Yo me dí cuenta de eso y supe porque causa iba a morir, la misma por la que ahora estoy aquí enviándote a ti y a todos un fuerte abrazo, la misma por la que (curiosamente) sigo vivo: la poesía.
MI MUERTE
Hoy lo supe.
Se me revelo suave,
delicadamente,
como un soplo de ti.
Hoy adiviné el futuro,
comprendí el pasado
y agradecí el despertar.
Hoy me envuelvo en mi vida,
me trepo y me voy liando,
me enrosco y me libero.
Hoy supe de que voy a morir.
Moriré de lo que vive el poeta
y de lo que no puede vivir.
Moriré del frescor de tus manos,
del dulce olor de tu pelo,
del calor de tu piel desnuda,
del brillo apagado de tus ojos,
del amanecer de tu naturaleza,
del sueño de tu deseo,
de la pasión de tu carne.
Moriré por el mar y el agua,
por la duna y el árbol,
por el fuego de la tierra,
por el brillo del sol amarillo,
por el pez y el caballo,
por lo que vuela en el viento.
Moriré de los sentimientos,
de la virtud y del pecado,
de la sangre y del reencuentro,
de la dicha y la locura,
de la patria y el exilio,
de un sin vivir y una certeza,
de un corazón abierto.
Moriré de imaginar la vida,
de pensar el amor,
de calcular distancias,
de recorrer caminos,
de esperar llegadas,
de prometer regresos,
de abrazos solo míos,
de orgasmos de chocolate,
de metáforas y paradojas.
Hoy, en este día preciso,
el cielo se abrió en su negrura
y he visto con la claridad del alma
que yo,
pobre hombre desolado,
escapado de su espacio,
desentendido del tiempo,
oculto en si mismo y de sí,
perdido en su razón,
abandonado de la fe,
nadando todas las aguas,
navegando todos los mares,
volando todos los aires
y andando todos los caminos,
yo,
en la mayor de las riquezas soñadas,
voy a morir de poesía.
Rafael
17 de marzo de 2006
El Navegante disse...
A la delicada poetisa Ni,a dama de Lisboa, dito con tudo o que significa o conceito de DAMA para um cavalheiro a al antiga.
Se necestia sufrir el rencor,
ante el ensordecedor silencio,
para tener la desverguenza de reprochar.
Se necesita descubrir el oasis,
luego de la tormenta para percibir
que las aguas son transparentes y calmas,
coloridas y rutilantes.
Se necesita tener la grandeza
de una gran MUJER, para responder
a un agravio como el mío,
con su delicada poesía, escrita
como una sinfonía poética,
como todas sus obras,
a quien equivocó el camino.
Con la misma fuerza, que vine antes
vuelvo ahora,
pero esta vez para arrodillarme
ante esa delicada y talentosa DAMA
de Portugal y del mundo,
y besar su mano derecha, por que
así procedemos los caballeros a la antgua,
a a hora de admtir nuestros errores,
y necesitar desesperadamente,
pedir humildemente PERDON.
No pensé hasta dónde tus silencios me acompañaban NI, ahora sí lo escuché a todos.
Voy a corregir respetuosamente al dueño de casa, ya que lo mío no fue un tema sentimental. Lo de los suspiros fue una metáfora poetíca tan sólo, creo saber conservar al distancia. Muito obrigado Ni, pela tua delicadez de me escrever un poema que me truxo luz, no meio da tornmenta,e muita Paz no meio da tristeça.
Vc é uma gran pessoa, e o sol há vezes que naO me deixa olhar as paiságems como se deben olhar.
Um beijo, DAMA DE PORTUGAL, DO MUNDO, E POETISA DE LUXO.
Rafa disse...
Disculpa, amigo Mixtu, que "usurpe" tu espacio y tu función para contestar al Navegante, pero debo agradecerle sus palabras.
Gracias amigo Navegante por todos esos elogios que has hecho de mi poesia. Es cierto que, en ocasiones, uno casi se deja vencer por la tentación de lo que suena bien en el oído, de lo que dicen de bueno los demás de él. A todos nos gusta que nos digan que somos buenos en cualquier cosa de las que hacemos, sin embargo, todos sabemos cuando es verdad y cuando no lo es.
Yo sé que es verdad que tú, amigo Navegante, piensas lo que dices. Lo sé del mismo modo que sé que lo que dices no es verdad, porque yo no soy un poeta.
Sin embargo, amigo, te agradezco todo lo que dices y me siento mucho más cerca de vos que de gente que me pasa al lado todos los días, diciéndome cosas. Un abrazo.
mixtu disse...
Buenas tardes… tertulianos…
Poesia/poeta… conceitos…
“me siento más poeta (…) cuando me siento enredadera de flores amarillas en su ventana, cuando mis ojos son para verla a ella y cuando ella decide verme con los suyos."
Amar é poetisar (questiono-me)
“a poesia fala por si (…) mesmo em silêncio, canta… porque precisa de viver…”
Nunca tinha pensado que o silêncio também é poesia… mas na verdade é…o silêncio e as luzes distantes nos outros morros e aldeias… é poesia…
O vinho… se de qualidade e bebido numa tasca onde se procura saber das 7, 6, 5 e por diante mulheres que nunca nos couberam (partindo do principio que há 7 para cada homem…) é poesia… asseguro-vos que é poesia…
“A poesia é algo que tende e se estende em silêncio num (gorgolejar) (im)permanente… “
“A poesia lê-se com as mãos, os olhos, as lágrimas, o riso, as cores, com as flores (…)”
“Todos somos poesia. Há quem a coloque numa pintura ou nas palavras ou no sorriso... ou no silêncio...ou numa mão que se estende.”
O que é necessário para escrever um poema, (...) “desnudar o coração”…
A poesia serve para que uma “DAMA” responda a um agravo…
“Um poema (…) traz luz, no meio da tormenta, e muita Paz no meio da tristeza.”
“Saber qué es la poesía es imposible, decir lo que creemos que es, es lo único que podemos hacer.”
A tertúlia é... poesia
Abraços, mais de que um "pastor de poemas", pelo adiantado da hora sou... "securita de poemas" yaya 2:04 AM
palabraserrantes disse...
Yo lo quiero a mi náufrago, el eterno enamorado de San Telmo y Bs As. Lo quiero a mi poeta, y aunque todos dudemos de llegar a serlo; su poesía existe tanto como él.
Él es el que habla con su sangre, él está lleno de palabras, le brotan como agua!
Es cuerpo, ya le dije que sus palabras son cuerpo. Sé que lo emociona, sé qué lo hace vibrar- Mixtu me ponés en un problemaaaaaaaaa :) Lo quiero y lo admiro demasiado.
(Y todavía no he ído a leerlo con todo este lío del cambio del servidor!)
Su poema es muy bello.
"No sopla, ni silba, ni aúlla
el viento que no se lleva las palabras.
Solo está a mi lado, respirándolas,
dándome también el aire que necesito
para poder lanzarlas al aire
y que sea el mismo viento,
sin llevárselas,
solo aspirando,
quien las ponga dentro de ti,
que eres como el aire que respiro.
Viento.
Rafa -Poema infinito- canto VI
Y........lamento no poder leer en portugués a la poetisa :( Mil disculpas!
Rafa disse...
I
Palabras que son las palabras dichas,
aquellas que ya se escucharon,
las proclamadas,
las que tú también utilizaste,
labradoras de infortunios
y de la gloria más absurda.
Promesas, arcaísmos, decepciones,
compromisos, discursos, frases,
cosas inventadas en un sueño.
Solo hay una verdad absoluta:
Mis palabras son para ser,
existen en mí como yo.
Palabras.
15 de Octubre de 2006
http://decirpalabras.blogspot.com
Amiga PALABRASERRANTES, está claro que si sabés lo que me emociona, me emocionás vos. No puedo agradecerte, solo deberte mi cariño que te pagaré poco a poco, poco a poco, poco a poco... Besos eternos.
mixtu disse...
Palabraserrantes … amiga… de longa data… de otras tertulias de la vida…
La poesía y la lengua en que es escrita… las barreras… Es curioso que mi espacio es bilingüe… portugués y castellano… Yo me recuerdo de las dificultades iniciales por parte de nuestros amigos en entender lo portugués (excepto El Navegante que habla perfectamente el mirandés) me recuerdo del 1º comentario de “Incondicional” – Lastima es idioma… y hoy… es (a par de Rafael e Uma – un beso para la rubia del Muelle que regrese rápidamente) mi traductora… como la vida es bonita o… como la lengua es bonita… Mi recuerdo de una persona me preguntar, porque conocía lo portugués y el castellano… se yo hablaba un dialecto… non… mi lengua es apenas de un pastor que tiene poca escolaridad… non es dialecto… yaya
Palabraserrantes, ahora entiendo porque te dice que (a nado por ese océano) viajaba para Buenos Aires… te dice la hora exacta de mi llegada y usted… non estaba a mi espera… Pensaba que non era correspondido… muy triste, quedé un día sin voluntad de comer… solo ha comido pan e una sopita… Hoy… entiendo la razón… no lo comprendiste lo que a escrito… Yayaya Poetisa… un grande beso…
Anonymous disse...
WOWWW, Vaya sección de poesía no?, me imagino que para participar "humildemente" aqui, irás renovando a menudo en esta parte nuevas poesías no?. Buenas las de Rafael y Nina. Mixtu, que es lo que te gusta a ti tanto de la poesía?.Te dejo unas palabras, un poema de mi admirado Oscar Wilde, más dominador de la gran narrativa, pero cuyo lado poético, no se queda atrás tampoco. Te dejo este pasaje de su obra "La Balada en la Cácer de Reading",Espero que te guste:
" Sólo sabía que idea obsesiva apresuraba su paso, y por qué miraba al día deslumbrante con tan ávidos ojos; aquel hombre había matado lo que amaba, y por eso iba a morir. Aunque todos los hombres matan lo que aman, que lo oiga todo el mundo, unos lo hacen con una mirada amarga, otros con una palabra zalamera; el cobarde con un beso, ¡el valiente con una espada!.
Unos matan su amor cuando son jóvenes, y otros cuando son viejos; unos lo ahogan con manos de lujúria, otros con manos de oro; el más piadoso usa un cuchillo, pues así el muerto se enfría antes. Unos aman muy poco, otros demasiado, algunos venden, y otros compran; unos dan muerte con muchas lágrimas y otros sin un suspiro: pero aunque todos los hombres matan lo que aman, no todos deben morir por ello."
Um Poema disse...
Os olhos do poeta conseguem ver coisas, como o brilho nas flores, quando são olhadas pela dona dos seus sonhos, ou a luminosidade na cara e nas mãos dessa sedutora, quando são olhadas por si. São os olhos do poeta, olhos especiais, aqui tão bem descritos.
Caiê disse...
Eu conheço alguém que se enamorou de uma janela... e ela (a que estava à janela) enamorou-se também do passante. Estou muito feliz por essa história porque eram os meus avós. ;) :)
mixtu disse...
A vida é bonita, mesmo quando entra um gajo no meu Calhau pelo google... pesquisando "injecções permadoze"... Ai a minha enfermeira loira, acho que era a Cármen... Ai... que agora até me deu uma cosa boa...
E que fazer quando nos dá uma cosa boa... copos... e como o amigo Antona (com uma exposição onde ainda não vendeu nada mas a cerveja não tem faltado - segundo ele) convidou... aí vou eu... Barajas... Ai que agora deu-me uma cosa boa, as Cármen têm este efeito na minha "maneira de beber" Fui... e para todos os efeitos nunca passei por cá... yayaya Mas agora onde apanho um avião se a Portela vai encerrar, a OTA ainda não existe... é... vou de TGV... mas onde fica o apeadeiro mais próximo da Serra da Estrela... Nem vos pergunto... vocês só percebem de poesia... como se isso desse para beber...
Mac Adriano disse...
Muito (Muy) bem (bien). Belos (Bellos) poemas (poemas). Saudações (Saludos) aí (aí) para (para) Ouagadougou (Uagadugú) ou (o) Bamako (Bamaco), dependendo (dependiendo) de (de) onde (donde) estejas (esteas). Um (Un) abraço (abrazo).
gota de tinta disse...
si, los ojos del poeta, los ojos de quien quiere ver mas allá....trepan, vuelan, hasta llegar donde esta la persona amada....
}}cleopatra{{ disse...
Sem dúvida nenhuma, dois poemas belíssimos feitos por mãos de almas humildes e simples... sim, já fui espreitar os cantinhos deles e foi essa a ideia com que fiquei, são pessoas de talento inegável e que, ainda assim, não se reconhecem como poetas!
Gostei imenso!!
Nefertiti disse...
Mixtu, Pois a mim "me encanta" "... os blogs de gajos que postam poesia...", assim como quem tem o dom de converter em palavras sentimentos, emoções e vivências... e tornar "tão fácil" o que para mim se apresenta tão difícil e/ou impossível...
mixtu disse...
Tan bonito... a APC que corre a blog a corrigir o português mal falado/escrito (eu próprio já fui corrigido só que ainda não tive tempo de rectificar... e eu aqui deixava uma questão: porque é que todas as professoras têm um blog... pois, parece que não têm TPC para fazer...yaya) e a minha amiga Fausta Paixão vão estudar castellano (entendo que não há español mas castellano)...
Regras fundamentais para aprender espanhol...
sonoridade:
Há que deixar de rir em português, com os ihihhi, eheheh e ahaha, e substitui-los pelos yaya ou jaja, em determinadas circunstâncias por jejeje (por exemplo... quando um gajo à vossa frente cai e parte-se todo)
respirar:
Têm de deixar de respirar como o fazem aqui... aqui os cursos mais modernos utilizam a prática do sexo para aprender o respirar espanhol...
Como podem verificar... troquem de formadores... sabem lá eles ensinar espanhol...
Fui... respirar Borba com cheiro a flores de algodão...
yayayaya
Xa disse...
Temo no entender todo el texto, veamos:
La onomatopeya de risa es jajaja, jejeje, jijiji, depende del tono de voz ;-). En cuanto al tema de la respiración...pues también depende del ritmo, ah, yo de estos temas no hablo en público.
mixtu disse...
eu desisto... só factos estranhos... então não é que entra um gajo ou gaja pelo google no meu calhau com a pesquisa "conas ardidas"... para quê que um gajo quer saber destas cosas... e atenção que o meu humilde calhau não tem esta expressão... um comentário fala em ardidas e o El Navegante querendo dizer "con a" (como tem um teclado que não vale um corno) escreveu "cona"...
Mas o que é que a juventude andará a inventar para necessitar de pesquisar tal cosa...
eu penso que o Hirudoid gel está particularmente indicado e não se conhecem interacções medicamentosas... mas o melhor é falar com um farmacêutico de confiança que não vá espalhar a boa nova pela aldeia.. Isto há cada uma... só pode ser mau olhado ou encosto... Fui... ardida... mas que raio...
legivel disse...
... as janelas das amadas, deviam sempre situar-se no rés-do-chão das suas casas. Assim, estariam muito mais à mão... de semear. As amadas, claro.
Rafa disse...
Vengo a dar las gracias a todos los que han sentido leyendo mis palabras y lo han dicho. Esta no es la única manera que tienen las palabras de adquirir sentido, cuando otr@s las leen y las sienten, pero es gratificante saber que asomado a mi ventana puedo ver a tante gente pasar y entenderla. Las ventanas dan a la calle por la parte de afuera, pero por la de adentro, cuando se cierran, está el hogar. Un abrazo a todos de este que escribe porque hay ventanas.
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